Os Desejos de Alexia: Um Romance Provocativo
- M R Porato
- 14 de out.
- 3 min de leitura
Atualizado: há 4 dias
A Jornada de Alexia Dubois
A história de Alexia Dubois é uma travessia entre o amor, o poder e a verdade. Nascida em um mundo que exige máscaras, ela ousa fazer o oposto, despir-se de todas. Entre a arte, o erotismo e o abismo da própria consciência, Alexia se transforma.Não busca um final feliz: busca sentido.
Desde jovem, Alexia aprendeu a fingir controle. Mas por dentro, sempre houve um caos, feito de desejo, culpa e curiosidade. Ela é uma mulher que sente demais, pensa depois e escreve o que não consegue dizer.
Claire: O Amor que Despertou o Caos
Depois de Liam, houve Claire. E Claire não foi apenas uma amante foi a mulher que acendeu o fósforo dentro dela.
Claire era tudo o que Alexia temia ser: intensa, provocante, livre de qualquer norma. Com ela, Alexia conheceu o prazer que não precisa de justificativas, o toque que não busca redenção. Entre elas, o amor não era linear, era um espelho. Alexia via em Claire tudo o que desejava ser, e tudo o que temia se tornar.
Mas o amor entre duas mulheres em um mundo que ainda não as compreendia exigia coragem. E quando o medo venceu o desejo, Alexia fugiu, não de Claire, mas de si mesma.
O Encontro que Mudou Tudo
Foi em uma galeria no Marais que Alexia conheceu Liam. Ela buscava distração; encontrou um espelho diferente.Enquanto contemplava uma tela de cores violentas, sentiu o olhar dele pousar sobre si com uma curiosidade perigosa.
Liam não a desejava como os outros, ele a observava. Era um homem que encontrava prazer em decifrar o silêncio, em ler gestos, em dominar sem tocar. Com ele, Alexia descobriu um tipo diferente de entrega: a psicológica.
Mas no fundo, cada gesto que ela oferecia a Liam ainda tinha o perfume de Claire. Era como se a amante perdida estivesse em cada respiro, em cada limite testado, em cada lembrança sussurrada antes do sono.
A Descoberta dos Desejos
Ao lado de Liam, Alexia aprendeu a linguagem do corpo. Ao lado de Claire, havia aprendido a linguagem da alma. Agora, entre ambos, ela tentava unir os dois mundos — mas o prazer não apaga o passado.
Liam a levava a clubes de échangisme, a jantares subterrâneos onde o erotismo era arte e o olhar, um pacto silencioso. Mas mesmo ali, em meio a corpos e sussurros, Alexia se lembrava das mãos de Claire traçando poemas invisíveis em sua pele.
“Não há liberdade sem lembrança”, ela escreve em seu diário.
E essa lembrança, longe de ser prisão, era sua força.
Os Desafios do Amor e do Controle
Liam, com seu fascínio pelo controle, acreditava que podia moldá-la.Mas Alexia, movida pela sombra de Claire, aprendeu a jogar. Transformou o olhar de Liam em espelho, e o controle dele em alimento para o seu poder.
O amor, para Alexia, nunca seria sobre posse, seria sobre entrega consciente.E nessa tensão, ela renasceu.
A Transformação
Alexia finalmente compreende: Claire foi o início, Liam o espelho, e ela mesma... o destino. Através deles, ela reconcilia o que o mundo separa: o feminino e o desejo, a ternura e o domínio, o amor e o poder.
Ela escreve, domina e se entrega ao próprio reflexo.Em cada linha, há uma confissão.Em cada silêncio, um recomeço.
“Amar é despir o medo — e deixar que o outro veja o que resta.”
O Clímax
Em uma noite dourada de Paris, durante em um café, Alexia vê Claire à distância depois de meses sem contato. O tempo parece suspenso. Liam está ao seu lado, mas o olhar dela se fixa na mulher que foi seu início e talvez seu fim.
Claire sorri, e naquele instante Alexia entende: não há escolha entre eles.Há apenas o reconhecimento de quem ela é... o resultado de ambos.
O Legado de Alexia
A história de Alexia Dubois é um espelho das contradições humanas. Ela nos lembra que amar é, muitas vezes, ferir e curar ao mesmo tempo. Que o desejo é uma forma de verdade, e que o corpo pode ser um templo ou um campo de guerra.
Alexia não é heroína é real. E sua confissão é a de tantas mulheres que aprenderam a se libertar pelo toque, pela arte, pelo abismo.
Ela não escolheu entre Claire e Liam. Escolheu a si mesma. E foi a escolha mais erótica, e mais corajosa de todas.

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